quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Estudantes protestavam a 50 anos atrás nas ruas de Campinas contra a Regime Militar.

Correio Popular 10/10/1968
ESTUDANTES PROTESTARAM NAS RUAS
Ontem foi dia de muita agitação em Campinas, quan-do cêrou de 300 estudantes da Universidade Católica sairão às ruas para uma passeata que durou cêrca de 15 minutos, e levou tôda a tarde em preparação. A partir das 13 horas, o pátio dos Leões da UCC já estava em grande atividade, com acadêmicos cruzando a vasta área cimentada, onde se lia em letras negras "Ditadura Assassina" e onde em duas das salas dos diretórios acadêmicos, os líderes do movimento mantinham-se reunidos. Às 16 horas, aproximadamente, a Comissão de Segurança, composta por seis elementos dirigentes e mais de 100 membros, deliberou que somente entraria no recinto da UCC quem fôsse estudante. Os jornalistas que lá estavam, foram convidados a se retirarem imediatamente e os que tentavam entrar eram barrados na porta.
GOVERNO NÃO PERMITIRÁ PASSEATA
Em consequência do que deliberaram, hoje, no Palácio dos Bandeirantes, o governador Abreu Sodré, o secretário da Segurança, Professor Uelly Lopes Meirelles, e o comandante da Fôrça Publica, coronel de exército Antonio Ferreira Marques, o Departamento de Ordem Política e Social, a Guarda Civil e a Fôrça Publica estarão de prontidão a partir das 8 horas de amanhã, prontos a reprimir qualquer manifestação estudantil, tendo em vista a anunciada passeata que estaria sendo planejada pelos universitários e secundaristas no Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo. Desta passeata, que objetiva protestar contra a violência e a repressão, participarão, além dos estudantes, padres da ala progressista.
reportagem: Correio Popular
 

terça-feira, 2 de outubro de 2018

''O povo não é bobo'' E não é mesmo.

Passamos por um momento de transição eleitoral nunca antes visto.

Mídia, artistas e formadores de opinião desesperados, pois perceberam que perderam o controle da massa. Falam, e ninguém obedece.

As projeções de Geraldo Alckmin no inicio da campanha, era uma subida no momento de espaço no radio e TV. Sempre cativou o público em horário nobre. E pelo que vimos se mostrou ineficiente. Diante disso começaram a veicular videos apelativos com conteúdo para amedrontar a população. Até funcionou entre os mais simples, porem não viralizou como a campanha desejava.

Artistas se engajaram em tirar votos de Jair Bolsonaro. Fizeram uma espécie de ''caça as bruxas'' com quem não fazia ou falava algo a respeito. Até simularam uma falsa união em torno de uma Hashtag, fingindo ser um movimento apartidário, que no fim se mostrou que a real intenção era pedir votos ao candidato Fernando Haddad.
O resultado que se viu foi uma clara divisão no meio artístico. Artistas começaram a pensar por si próprio. E mais uma vez não funcionou.

Vimos também um engajamento da mídia em tentar frear essa ascensão. Capas de revista, informações imprecisas, chamadas sensacionalista. Porém com a escalada de blogs independentes, a checagem também foi independente, e as respostas eram quase automáticas.

Essa eleição foi uma lição para todos. Marqueteiros terão que se adaptar a essa nova realidade. Dilma em 2014, gastou 1bilhao em sua reeleição. Hoje vemos Jair Bolsonaro, líder das pesquisas, ter gasto até o momento, menos de 1milhao.

Outro fator é o tempo de TV. Alckmin se aliou com o que ha de pior na politica por segundos preciosos. Está pagando caro por isso. Ganhou o tempo e perdeu votos.

Segundo o IBOPE, a eleição desse ano enterrou alguns dogmas e diz: ''o que vai eleger o presidente da República este ano será a descrença nos políticos e as redes sociais''.

Nunca a musica esteve tão certa ''O povo não é bobo''. E não é mesmo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Assassinato de Reputações

Talvez os mais jovens não se lembrem. Outros nem mesmo eram nascidos.

Esse fenômeno de ''assassinato de reputação'', não é novo e nem exclusivo a um candidato. Bolsonaro sofre na mão da imprensa o que Lula sofreu nas suas quatro candidaturas até vir a ganhar a eleição (1989 - 2002).

Sendo mais especifico em 2002, onde uma artilharia pesada se voltou contra o até então candidato a Presidência. Os candidatos daquela eleição, Anthony Garotinho (PSB), José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS), miraram suas artilharias contra a candidatura de Lula (PT).

Uma das estratégias usadas pelos marqueteiros de José Serra, era afirmar que Lula não queria debater porque não tinha preparo e tentar incentivar um certo temor sobre possíveis consequências da vitória do PT, tais como fuga de investimentos estrangeiros, descontrole da inflação entre outros. Porem, estes ataques não tiveram o efeito desejado, e o petista quase liquidou a eleição no primeiro turno.



No ano de 2002, a imprensa deu uma cobertura mais abrangente nas eleições. Assim como esta ocorrendo nesse ano de 2018, o desejo por mudanças, do mesmo modo ocorreu em 2002. A população brasileira desejava novos rumos, e depositou em Lula sua confiança, contra os oito anos do governo de FHC.

Esse novo fenômeno que vivemos, onde todos escrevem e falam ao mesmo tempo é bem recente. Acompanho politica a muito tempo, e nunca vi tamanho engajamento das pessoas por essas pautas. Novos tempos. Estamos vivendo um novo ciclo.

Talvez com a ajuda das redes sociais, as informações se dissipam de maneira rápida e desordenada. O que não muda, é a ânsia da mídia tradicional em puxar para o lado que lhe convêm.




quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O Fenômeno Daciolo. ''Serei Presidente, não sei como''

Quem disser, ''Daciolo é o novo Bolsonaro'', no minimo não conhece nada do meio Pentecostal.

Assim como Daciolo, existem muitos conservadores nos costumes com forte pegada social Brasil afora. Bolsonaro se aproximou dos evangélicos, pois viu uma chance de relação de conveniência com eles. Seu discurso muitas vezes reacionário e de negação politica, é conveniente a pastores legalistas que fazem de fiéis reféns espirituais com discursos hipócritas.

Daciolo não. É crente de oração. Manifestar o nome de Cristo em rede nacional é para poucos. Inclusive isso é usado como virtude no meio Pentecostal, ''ter coragem de pregar o evangelho''. Também entende bem dos temas sociais, como bolsa família, escravidão entre outros programas. 

Ouvindo seu discurso, parece ter vindo de família humilde, com muitos problemas, baixa instrução e muitas vezes com uma experiencia de vida que o impactante da sua conversão foi ser ''homem de oração''. Não atoa que o mesmo declarou ter ficado 21dias jejuando no monte. 

Isso é muito comum em igrejas Pentecostais, especialmente em lugares pobres ou mais afastados dos grandes centros. Busca por manifestações misticas ou fixação por dons proféticos, tudo isso é muito forte no discurso do Cabo Daciolo. 

Não dá pra comparar a fé pentecostal do Daciolo com o caráter Militar de Bolsonaro, que se juntou a muitos pastores aproveitadores, para sufocar uma parcela dos evangélicos, com um discurso pesado e baseado no medo. 

Daciolo me faz lembrar Heloísa Helena, candidata a Presidência em 2006 pelo Psol. Conservadora nos costumes, com forte visão social e religiosa.  

Fiquem com uma de suas frases icônica ''Serei Presidente, não sei como''.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

João Amoedo, ''pense fora da caixinha''

''Ajude o João Amoedo a ir aos debates''

O Amoedo que chegue aos 6% com as próprias pernas. Lembre-se do que seus seguidores mais assíduos pregam, ''MERITOCRACIA, JOÃO''.

João, mude seu mindset. Faça novos cursos para Coaching.

Quem tem vontade e determinação, logo chega aos 6% por conta própria. Boa sorte, João!


 

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Homenagem Especial da Turma da Monica para o Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Homenagem espetacular do Mauricio de Sousa para o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Um protesto em forma de quadrinho.

Vale a pena conferir.

Roteiro de Fávio Teixeira de Jesus. 

Bolsonaro cada vez mais próximo de liquidar a eleição no primeiro turno.


Saiu a nova Pesquisa FSB/BTG Pactual (24/09). Vamos aos resultados:

1. Bolsonaro 33%
2. Haddad 23%
3. Ciro 10%
4. Alckmin 8%
5. Marina 5%

Bolsonaro se manteve no mesmo patamar da última pesquisa, Haddad subiu 7 pontos percentuais, Ciro Gomes caiu 4 pontos percentuais e Alckmin oscilou dentro da margem de erro. 

A pesquisa indica um claro crescimento do candidato Haddad. Um cenário já esperado. Ganhando cada vez mais os eleitores de Ciro Gomes.

Alckmin oscilou dentro da margem de erro, indicando que não houve reação.

Bolsonaro ainda permanece estagnado. Indicadores demonstram que se Bolsonaro realmente tem a intenção de levar essa eleição no primeiro turno, necessita atingir ao menos 38% dos votos. 



Simulação BTG/FSB (segundo turno):

Bolsonaro 44% X 40% Haddad (anterior = 46% X 38%) 
Ciro 43% X 41% Bolsonaro (anterior = 42% X 42%) 
Bolsonaro 41% X 40% Alckmin (anterior = 43% X 36%) 
Bolsonaro 46% X 34% Marina (anterior = 48% X 33%)